quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Feliz NATAL!!!!

É certo que os posts não têm sido frequentes por estes lados, mas obviamente não me iria esquecer de vos desejar um Feliz Natal!!! Muito quentinho e com muitas prendinhas:)


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Pensamento do dia!!!

O maior prazer de uma pessoa inteligente é armar-se em idiota perante um idiota que se acha inteligente!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007




Numa altura em que já todos começamos a fazer a lista de prendas de Natal e a fazer algumas compras, seria também bom pensarmos em quem não tem acesso aos recursos básicos para assegurar a sua sobrevivência. Podem ajudar em http://www.cordaid.nl/.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Depois da tempestade vem...

... uma semana grátis de tratamento estético num SPA chiquíssimo por me ter inscrito no VIVA FIT na semana passada (ganha num sorteio, o que ainda é mais inacreditável para alguém que, após anos e anos a jogar em quermeces e rifas, a melhor coisa que já tinha ganho eram uns punhos de mota) ...

.... acesso super rapidíssimo á internet a partir do meu portátil, pago pelo patrão (que acha que eu vou trabalhar a partir de casa!!! Bem se vê o que eu estou a fazer a partir de casa)...

.... TRÊS MESES DE ADIAMENTO DA ENTREGA DA TESE!!! 31 de Janeiro é a nova meta!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

TST

A TST - Transportes Sul do Tejo é, sem margem de dúvida, a pior transportadora que já conheci!!! Sou utente de transportes públicos há quase 20 anos, em cidades distintas e sem margem de dúvida: os TST são os piores!!!

Utilizo a carreira 158, que liga a Praça de Espanha à Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL, no Monte da Caparica, e em três anos a viajar nos TST, eis o tipo de situações que já testemunhei:

1. Atrasos constantes: 3 em 5 dias da semana, os autocarros partem da Praça de Espanha com atraso. 3 dias em cada mês, há pelo menos um destes autocarros que nem sequer aparece!!!

2. Má gestão: a carreira 158, que está sempre lotada, raramente cumpre horários; a 153, que vai para a Costa da Caparica, praticamente vazia fora da época balnear, chega sempre a horas!

3. Mau estado dos autocarros: já fiquei parada na ponte 25 de Abril diversas vezes e ainda na semana passada viajei num autocarro abarrotado em que a porta de trás só se manteve fechada porque ia alguém a segurá-la!

4. Desprezo pelos utentes: o percurso do 158, que depois da ponte rumava pela Via Rápida da Costa da Caparica rapidamente para a Universidade, desde Setembro passa pelo Monte da Caparica. Assim, é frequente ficar parado nas ruas estreitissimas do bairro, por tempo indeterminado, sempre que estão a fazer uma descarga numa loja ou em situações caricatas como quando um carro funerário pára para descarregar um caixão! Mais, o autocarro passa lá, mas não entra nem sai ninguém, o que é ainda mais hilariante! E os estudantes e funcionários que vêm para a FCT-UNL, que são os maiores prejudicados, em momento nenhum foram consultados sobre esta possibilidade!

5. Má comunicação: de vez em quando, a TST decide que o 158 não vai funcionar, mas não coloca um único aviso em lado nenhum. Temos assim pessoas indefinidamente à espera na Praça de Espanha ou noutra paragem, quando a carreira não está a funcionar. Mais, em Setembro, colocaram avisos em todas as paragens e no próprio website, informando que o 158 funcionava desde 3 de Setembro e este só começou a funcionar a 10. Quando reclamei no website, deram-me uma desculpa esfarrapada.

6. Esta empresa tem certificação de qualidade, e um dos elementos de atribuição é a satisfação dos clientes, o que me leva a concluir que o processo de certificação não funciona correctamente.

Hoje, foi a gota de água. Fui ao website dos TST e não é que os canalhas têm uma publicidade sobre o bom serviço que prestam aos utentes da universidade????

BASTA!!!! Depois de já lhes ter inundado a caixa de e-mail, agora vou mobilizar uma multidão de estudantes e VOU A CACILHAS PEDIR O LIVRO DE RECLAMAÇÕES!!! O Livro é constituído por 25 impressos de reclamação e eu hei-de arranjar pessoal para preencher cada uma dessas abençoadas folhinhas!!! Ou eu não me chame Trintinha da Silva!!!!

terça-feira, 6 de novembro de 2007



Dedicado a tod@s que me têm aturado nos últimos tempos :)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Elizabeth...


Ontem fui ao cinema, para ver a continuação de um filme que adorei: o Elisabeth. O primeiro filme revela-nos a personalidade determinada, decidida e temperamental da filha de Henrique VIII, que em 1558 assumiu o trono inglês. Este segundo foca o papel de Elisabeth na luta contra a Invencível Armada espanhola que, em 1588, avançou pelo Canal da Mancha para ocupar a Inglaterra.

O filme demonstra, com grande qualidade, as intrigas que minaram o reinado de Elisabeth, bem como uma certa permanente contradição individual entre o poder e a determinação que a caracterizam como raínha e uma certa fragilidade e insegurança associadas à sua necessidade de ser amada apenas como mulher. Cate Blanchett prova, mais uma vez, que é uma actriz brilhante, dando corpo à imensidão de sentimentos e atitudes desta raínha emblemática.

Apesar de tudo isto, o filme não me surpreendeu. Foi mais do mesmo! Lembro-me que quando vi o primeiro filme, saí da sala com vontade de entrar novamente. Desta vez, saí do cinema a pensar que poderia esperar que o filme estivesse disponível em dvd...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Um miminho pra mim...

... porque isto de uma pessoa já nos 30 não entregar a tese no prazo previsto é muito traumatizante...

... lá está, desgracei-me outra vez, mas não foi grave porque estava em promoção! Na verdade, acabei por ganhar dinheiro e agora posso vingar-me dos meus vizinhos de cima e de baixo e em troca da barulheira das obras, rebentar-lhes os tímpanos às 8 da matina com febre di funana!!! E ainda ficam a ganhar!!!

sábado, 27 de outubro de 2007

Finalmente, Malmö...

Acima: Ponte que liga Copenhaga a Malmo!
Impressionante: a meio do mar, transforma-se num túnel! Visto do avião é estonteante!!
Abaixo: fotos de Malmo, uma cidade magnífica: limpa, agradável e com pessoas muito simpáticas!








... e Copenhaga

Uma cidade lindíssima!
A pequena sereia!!! É gira, mas é um bluff pois é muito pequenina ao vivo!
Tipo Maneken Pis, em Bruxelas!

Toda a cidade tem imensos lagos, canais e jardins!

Fui dar uma volta de barco! Fui verdadeiramente roubada no bilhete, mas valeu muito a pena.

Uma banda de rua original, cujos instrumentos eram garrafas de cerveja!



Pouco antes de me espatifar!!!

Aqui, ainda estava convencida que era capaz de andar naquelas malditas bicicletas com travões apenas nos pedais!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Dia de cão!

Zero horas. O meu sistema nervoso dá o sinal: falta uma semana!!!

Já não durmo! Dou voltas e mais voltas na cama, e só penso que tudo está uma porcaria e que não tenho tempo e que devia estar doidinha dos miolos quando me meti nisto! Levanto-me e mando um e-mail ao orientador a pedir uma reunião urgente!

Tomo dois comprimidos para dormir. Durmo duas horas.

Levanto-me mal humorada e corro para uma interminável reunião de trabalho. É uma reunião infrutífera, tola. Odeio pessoas que convocam reuniões para dizer banalidades! O tempo é demasiado precioso para se perder com assuntos banais! O meu tempo é precioso! O sistema nervoso dá novo sinal: já perdi 12 horas!!

Volto ao computador: boa notícia - o orientador recebe-me hoje. Mas, o que é que lhe vou apresentar??? Tenho que me apressar! Trabalho a tarde inteira no mestrado, sinto a minha pressão a subir, estou vermelha que nem um tomate! Já não penso, já não como, já não oiço ninguém! Não consigo raciocinar!

Saio a correr e encontro o orientador, que me diz que estou muito tensa. Aconselha-me a esquecer um estudo de caso mas eu não quero, porque já trabalhei nele. Mas ele insiste e diz que vai meter uma cunha na secretaria para me deixarem entregar uma semana mais tarde. Dá-me o nome da responsável e encaminha-me para lá.

Relaxo um pouco. Tenho mais uma semana e menos um estudo. Mas eu não sei se quero menos um estudo, porque já trabalhei nos dois. Chego à secretaria e a pessoa com quem devia falar não está. Conto a história à assistente que me diz que há uma alternativa mais viável, que é pedir um prolongamento do prazo ao director. Não mo concedem sem uma justificação forte, mas ganho pelo menos um mês até me darem uma resposta. Parece que as burocracias têm as suas vantagens.

Mas, e agora, sigo o sugestão do orientador e tenho mais uma semana e menos um estudo, ou opto pelo requerimento e tenho provavelmente mais um mês e faço os dois estudos??? Merda, mas porque é que eu sou pisciana???? Eu sei lá o que é que é melhor!!! Não me consigo decidir!! Ligo a um colega!

Lembrete para o futuro: nunca ligar para colegas de faculdade quando têm o mesmo prazo que eu!!!

Entro no autocarro atordoada! Lembro-me de todos os momentos de stress que já vivi e convenço-me que sempre os ultrapassei! Traço estratégias mentais para chegar a uma decisão.

Passa quase uma hora e ainda não tenho uma decisão. Deambulo num centro comercial. Enfio-me numa loja e desgraço-me. Compro um vestido que só vou usar no próximo Verão!!! Mas não sinto remorsos!

Sinto que a minha cabeça é uma abóbora que apodreceu à chuva! Apenas as sementes sobreviveram, mas essas só darão fruto no início do Verão.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

2010 - Magazine de Ciência e Tecnologia


Não, esta não é uma foto da Escandinávia!!! Essas ficaram guardadas numa pen que ficou esquecida noutra cidade :(

Entretanto, venho avisar que poderão tod@s ver-me hoje, linda e maravilhosa, de capacete de engenheira no meio desta obra (licencia-se uma pessoa em RI para depois fazer estas figuras!!!), a dar umas explicações sobre o meu trabalho, no programa 2010 - Magazine de Ciência e Tecnologia, que vai passar na RTP2, às 19 horas!!!

Não percam!!!!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Attestation d’existence

Ce post atteste ma survivance après une dure semaine de travail de recherche pour ma dissertation !! Cette souffrance est prés de sa fin, j’espère!
Et comme ma vie n’est seulement dissertation, après mercredi je serai à Scandinavie, quelques jours à Malmö (Suède) et après à Copenhagne (Danemark).
Je promis des belles photos !
Gros Bisous !
(PS : mon vocabulaire portugais s’est finit pendant la dernière semaine !)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

(moi) meme - atrasado

Não costumo virar as costas a desafios, e por isso decidi que não escreveria nada no blog enquanto não tivesse tempo para responder a este repto.

Assim, com quase 2 meses de atraso … aqui vai.

Do que é que eu gosto? Gosto daquilo que qualquer comum mortal gosta.

Gosto de dias quentes de Verão passados à beira mar ou beira ria, de preferência em praias (quase) desertas, daquelas onde só se pode chegar de barco e portanto o sossego é palavra de ordem. Mas também gosto de dias frios e chuvosos, especialmente se os puder passar enfiada na minha cama quentinha (bem acompanhada) ou em frente a uma lareira com uma caneca de chocolate quente nas mãos. No Inverno gosto também da sensação reconfortante que dá um duche a escaldar depois de ficar encharcada até aos ossos. E gosto do vento. Não daquela brisa leve que “refresca” os dias de Verão. Não. Gosto da ventania. De andar de cabelo ao vento. Fico despenteada, é certo, mas também com a sensação de ficar com as ideias mais leves.

Gosto de ler. Qualquer coisa. Ás vezes dou por mim a ler as revistas de automóveis que andam cá por casa, sem perceber patavina, mas estou a ler. É muito difícil desistir de ler um livro … por muito mau que seja. Acho sempre que no fim hei-de retirar algum “ensinamento”. Se a leitura for acompanhada por uma boa música … melhor ainda. Neste campo sou mais …digamos, conservadora. No sentido em que não sou muito aberta a novas sugestões. Os poucos cd’s que tenho no carro são os mesmos … há anos … e variam entre Xutos &Pontapés, U2 e um ou outro de música brasileira.

Também gosto imenso de viajar. Cá dentro e lá fora. Para mim, férias só são férias quando consigo sair do local onde habitualmente vivo. Caso contrário esse período não tem aquele sabor especial, mesmo que não seja sinónimo de descanso. Porque para mim viajar é quebrar com a rotina, é ir à descoberta … é viver um mundo à parte … por breves momentos.

É em muitas dessas viagens que vou buscar inspiração para os planos de remodelação que gostava de fazer cá em casa. É claro que os programas televisivos de decoração que vejo quando quero desanuviar a mente e não pensar em mais nada também ajudam. Até agora pouco ou nada tenho feito porque para além da imensa falta de jeito, não vivo sozinha, e tenho tido dificuldade em impor a minha vontade de mudança.

A televisão também tem servido imenso para aguçar um dos meus gostos … o futebol. Desde que há Sportv cá em casa … até eu dou por mim a querer saber quando é que dá algum jogo de jeito. E com isto não me estou a limitar aos jogos da selecção e do Glorioso. É muito mais grave do que isso.

Gosto muito dos meus amigos, embora às vezes não tenha (tantas) oportunidades de o demonstrar como gostaria. Mas acho que no fundo eles sabem disso - Desde aqueles que são o meu oposto, como aqueles com quem tenho muito em comum (por exemplo a Trintinha, com quem partilho o gosto de rir até à exaustão, falar pelos cotovelos … e comer … de tudo um pouco).

Não podia deixar de falar aqui da minha verdadeira paixão por gatos. Para mim não são só animais de estimação. São verdadeiros amigos - aturam-me as telhas sem resmungar, percebem quando estou triste e chegam-se a mim para me consolar e quando estou feliz eles sorriem comigo. É uma relação de dar e receber – e haviam de os ver amuados quando me ausento por 2 dias.

Por fim … não podia deixar de referir o amor da minha vida. Há quase 14 anos que me acompanha, ajudando-me a crescer, e fazendo-me feliz diariamente. E só com ele era possível eu avançar para uma nova etapa da minha vida … e pela qual eu estou verdadeiramente apaixonada. Neste momento é o que me define … Ora vejam …

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

PARABÉNS TRINTONA!!!

Por motivos técnicos relacionados com o envio dos dois primeiros capítulos da tese para os orientadores, ontem não foi possível escrever neste espaço!

Portanto, aqui fica um post com efeitos retroactivos, para desejar um feliz aniversário à minha sócia nesta central! PARABÉNS TRINTONA e bem vinda ao clube:)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de Setembro

Creio que, tal como outras pessoas, nunca irei esquecer o dia 11 de Setembro de 2001. Assisti pela televisão, quase em directo, ao embate de dois aviões contra duas enormes torres em Nova Iorque. É horrível lembrar as pessoas que, para não morrerem queimadas, saltaram desesperadamente dos arranha-céus.

A tragédia motivou diversas intervenções militares americanas nos países que, segundo o governo deste país, acolheriam os terroristas. Mas o mais interessante nestes últimos anos é que, sempre que a opinião pública pública americana começa a questionar a manutenção de tropas em cenários de guerra, surge uma declaração de Bin Laden a relembrar que a sua organização terrorista continua a ter planos terríveis.

Ainda na declaração divulgada no último domingo, uma das mensagens foi de intensificação da luta da al Qaeda contra a ocupação do Iraque, acompanhada de diversas ameaças de intensificação da luta contra o “povo americano”. E logo a seguir, qual foi o comentário de Bush??? Naturalmente, que tem que se manter a ocupação do Iraque!!!

É impressão minha ou o Bin Laden tornou-se o maior aliado de Bush?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Resposta a convite...

Caras Janis e Yvonne,

Obrigada pelo convite para me tornar vossa amiga. Estou certa de que serão moçoilas simpáticas e que teriam muito gosto em partilhar diversas surpresas comigo.

Notem, contudo, que lamber as vossas mamocas e outras partes íntimas não é propriamente uma actividade que me atraia. Também dispenso entrar em orgias com as vossas irmãs Annette, Lorie e Jewel.

Assim sendo, por favor, PAREM DE ME ENTUPIR A CAIXA DE E-MAIL!

Com os melhores cumprimentos,

Trintinha da Silva

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Acho que não é bom, mas dá-me jeito...

A noção de bom e mau é relativa.

Noutras alturas da minha vida, estaria seriamente preocupada com a desorganização e desorientação totais que imperam no local onde trabalho. Especialmente, estaria preocupada com o facto de, cada vez mais, não perceber o meu papel na instituição. Sentir-me-ia desconfortável com o aproximar de prazos e os relatórios por acabar, as tarefas eternamente pendentes à espera que os meus chefes ganhem tomates para fazer o que tem que ser feito! As minhas chefias já teriam a caixa de e-mail entupida com mensagens de reclamação e pedidos urgentes de esclarecimento.

No entanto, nas circunstâncias actuais, isto até é muito bom. Afinal, saio a meio da tarde e ninguém me pede contas. Saio a meio da manhã e digo descaradamente que vou recolher bibliografia para a tese e ninguém me recrimina. Trabalho no meu mestrado em horário laboral, utilizo os recursos da instituição e o meu salário continua a cair na minha conta ao fim do mês...

Estou muito tentada a mobilizar a secretária para a aplicação dos meus questionários.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Um regresso difícil

Estou de volta.

Nestas duas semanas de supostas férias, consegui:
1. Escrever 1,5 capítulos da tese,
2. Fazer 10 horas de praia,
3. Estar 2 dias sem olhar para o meu portátil,
4. Perceber que tenho pouco mais de um mês para acabar a tese,
5. Apanhar uma anemia.

Regressei ao trabalho e às chatices. Os chefes não me deram resposta sobre os pendentes urgentes. As cromas já me ligaram 5 vezes, mas não devolvi a chamada para não cair na tentação de as insultar. Tenho milhares de coisas sobre a secretária, mas estou a escrever no blog em pleno horário de trabalho.

Estou exausta. Comecei hoje a tomar umas porcarias que, entre outros prometidos benefícios, evitam que eu durma frente ao computador.

O QUE É QUE EU TINHA NA CABEÇA QUANDO DECIDI INSCREVER-ME NA MERDA DO MESTRADO????

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Comunicado

A Central Trintas por Uma Linha vem, por este meio, comunicar a V. Exas. que a Linha Trintinha vai estar temporariamente indisponível.

Sendo nossa política a oferta de um serviço de qualidade, a Linha Trintinha vai ser sujeita a um upgrade tecnológico, devendo retomar o funcionamento no dia 20 de Agosto.

Contamos com a compreensão da comunidade blogosféria para com esta interrupção.

A Co-Directora da Central,

Trintinha da Silva

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A uma rapariga

Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.

Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!

Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...

Florbela Espanca

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Linha de gastronomia: Trafaria!



Em 1901, a rainha D. Amélia (mulher de D. Carlos I) deslocou-se à Trafaria para inaugurar a primeira colónia balnear que existiu em Portugal. Hoje, a Trafaria está longe de ser a estância turística que um dia se desejou, mas é um local que, sem dúvida, merece uma visita.

Trata-se de pequena povoação de pescadores, no concelho de Almada, com uma vista fantástica sobre a margem norte do Tejo. Quem quiser ter uma outra perspectiva da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos, tem que dar visitar a Trafaria! Além disso, poderá degustar uma série de pratos maravilhosos, a preços acessíveis, nos diversos restaurantes à beira rio.

Iniciado o Verão e o período de férias escolares, começa o meu período da engorda! Como não há sítios para almoçar junto ao meu local de trabalho, passo a degustar as maravilhas gastronómicas que a margem sul oferece: cataplana de marisco na Costa da Caparica, carvoadas do Porto Brandão, bóbó de camarão do Atira-te ao Rio, em Almada (um destes dias vou escrever especialmente sobre este restaurante maravilhoso!), lulas grelhadas no Chafariz (Monte da Caparica), caldeirada de Marisco na Trafaria!

A margem sul não é um deserto!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

(Moi) meme

Estava eu a vaguear pela blogosfera, concretizando uma das mais de 100 desculpas para não trabalhar no mestrado, quando me deparei com um desafio colocado aqui: escrever um meme!

Mas que raio é um meme?, pensei ! Cusquei aqui e ali e vi que um meme é basicamente escrever sobre as coisas que mais gostamos e que, de algum modo, acabam por nos definir. Depois passa-se o desafio a outro.

Então, aqui vai.

Gosto de travar batalhas, de ultrapassar os meus limites, de stressar com cada desafio novo, de me empenhar na solução dos problemas que me surgem pela frente, sempre com a certeza que, quer me safe ou não, irei crescer, aprender! Gosto da adrenalina que me consome face a uma nova exigência, a uma nova tarefa. Quanto mais difícil melhor! Maior a energia com que vou acordar em cada dia! Maior a determinação, maior o esforço! Acordarei mais cedo, viverei mais intensamente o dia seguinte!

Depois, adoro ler. Adoro livros. Pequenos, grandes, de capas duras ou edições de bolso. De expressão portuguesa ou não, de autores antigos ou contemporâneos, romances, tragédias, contos... Adoro! É uma especie de enamoramento. Quando compro um livro novo, começo sempre por cheirá-lo e depois, com ou sem tempo, leio logo as primeiras páginas. Nalguns casos, apaixono-me de imediato e não consigo parar de ler. Já aqui dei conta de uma dessas experiências.

Também gosto de me identificar como uma cidadã do mundo e, portanto, adoro conhecer novos lugares, novas pessoas, novos sabores. Gosto de explorar cada lugar, fora dos circuitos dos guias turísticos, perdendo-me, falando com quem passa, arranhando umas palavras da lingua desse país. Quando não posso viajar, lá estou eu a googlar, a procurar o livro daquele autor ou aquele cd de um músico de uma tal nacionalidade...

Gosto de rir, rir muito, rir com vontade. Gosto de rir com uma boa piada, rir com os meus amigos, rir das minhas parvoíces e gafes... Sou uma optimista e, portanto, acho que não há nada melhor do que uma boa gargalhada, especialmente nos momentos menos bons.

Também gosto de falar, de tal modo que por vezes é díficil fazerem-me fechar a matraca! E gosto de cuscar, tenho que confessar! Não a cusquice maldosa, invejosa, de corte na casaca do outro. Gosto mesmo daquela cusquice de saber, com pormenor, como está a vida amorosa dos meus amigos, como é que o outro se está a safar no novo emprego, de resposta pormenorizada à minha enorme curiosidade. A cusquice natural de partilhar a vida das pessoas de quem gosto.

Gosto do campo, do cheiro característico de cada estação: flor de laranjeira na primavera, milho seco no verão, terra molhada pelas primeiras chuvas no outono, fumo das lareiras em pleno inverno. Também gosto da praia, de torrar ao sol, e da montanha! Gosto de tudo o que seja andar a passarinhar ao ar livre!

E, claro, já me ia esquecendo (quem me conhece já estaria a estranhar tal ausência), adoro comer!! Doces, salgados, quentes, frios... o que vier morre. E ás pessoas que, neste preciso momento, estão a pensar "Esta gaja tem bicha solitária", fica aqui um esclarecimento: eu posso até ter uma bicha, mas não é solitária! Ainda agora lhe mandei um arrozinho de lulas para lhe fazer companhia!!

Finalmente, sou muito feliz porque tenho amigos e sei que, em qualquer momento, eles estão lá com os seus dois ombros. Adoro o meu amor, sem dúvida o amor da minha vida! E acredito em Deus, comigo em cada instante, que faz de mim uma pessoa melhor em cada momento.

E passo a bola à minha sócia nesta Central, a Trintona, e às madrinhas deste blog, Ariel e Moça do Filete.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Os anormais!

Sabem onde é que existem chefes anormais, mas mesmo, mesmo anormais??? Daqueles chefes que mal os escutamos falar, pensamos "Eh pá, estes chefes são mesmo anormais!". Sabem onde existem, sabem????
Não é daqueles chefes que achamos que são um bocado tolos, irresponsáveis e até incompetentes... É daqueles que são mesmo, mesmo, mesmo anormais! Sabem onde existem, sabem, SABEM????
É onde eu trabalho! E eu dou de caras com eles todos os dias!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O epílogo

Hoje estou zangada.

Já há muito tempo que não acompanhava a ‘trama’ de uma telenovela. Mas, confesso, que, de certo modo, sigo a telenovela brasileira “Páginas da Vida”. Não vejo todos os dias – Ás vezes estou semanas sem ver, mas facilmente apanho o enredo. Não é difícil.

Desde a semana passada tem vindo a ser anunciado na SIC que o último capitulo iria passar ontem, quarta-feira. Organizei então a minha ‘agenda’ de modo a poder estar sentada em frente à televisão no horário previsto. Até que …. Espanto dos espantos!!!! Termina mais um capítulo. E logo a seguir uma vozinha irritante anuncia o fim do último capitulo (que posso rever hoje às 19h). “Atão, a telenovela acaba assim?!?! Mas falta saber com quem é que …” Pensamento interrompido!!!! A vozinha continua dizendo que logo, no horário habitual, poderei assistir ao epílogo da telenovela!!!!!!


Os epílogos chegaram às telenovelas!!! E para quem tem dúvidas sobre o que é um epílogo … cá fica a definição:

“Parte de um texto que constitui a sua conclusão ou remate, onde normalmente se dá a conhecer o destino final das personagens de uma história que se contou, o desfecho dos acontecimentos relatados, ou ainda as ilações finais de um conjunto de ideias que se apresentou ou defendeu. Em termos de localização no discurso, o epílogo coloca-se no lado oposto do prólogo, podendo assumir a forma de um apêndice. A existência de um epílogo pressupõe, em regra, o desenvolvimento de uma intriga até se chegar a um ponto final, necessariamente posterior aos acontecimentos descritos nessa intriga”.


Agora pergunto-me … o que mais falta inventar para manter a pessoas agarradas à televisão? Será que vão inserir também os anexos na sexta-feira?

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Negligência, Cultura ou Cultura Negligente?

Cheguei há poucos dias do sul do nosso maravilhoso país. Depois de umas curtas e merecidas férias, estou de regresso à árdua rotina do dia-a-dia. E o que há a relatar das férias? Pouco e muito, simultaneamente. Foram umas férias comuns de praia …de nada fazer e muito contemplar. Tentei ao máximo cortar por uns dias o contacto com o mundo real. Não pensar nos problemas diários, não ouvir/ler noticias … esse tipo de coisas. Mas inevitavelmente em muitas das minhas tardes de praia dei comigo a reflectir sobre um dos assuntos mais mediáticos dos últimos tempos: o desaparecimento de Maddie. O facto de estar alojada na Praia da Luz e de me ter cruzado uma ou duas vezes com os pais dela, “obrigou-me” a não ignorar o mundo real.

E a diversidade de culturas existentes no mundo real fez-me pensar. Confesso que aquando do desaparecimento de Maddie, culpabilizei os pais pelo facto de a terem deixado sozinha com os irmãos enquanto iam jantar. ‘Que raio de pais deixam os filhos trancados no quarto para não serem importunados ao jantar?’ É o mesmo tipo de raciocino que faço quando vejo alguma notícia a abrir os noticiários televisivos portugueses acerca de um incidente/acidente ocorrido com crianças enquanto os pais foram “ali à loja por 5 minutos, comprar pão”.

Observando com mais atenção para as atitudes dos veraneantes estrangeiros percebo que, mais do que negligência, é mesmo uma questão cultural. Senão vejamos:

- Praia da Luz (13h): Estou na praia, debaixo de 30 e tal graus de temperatura e um sol fortíssimo. A esta hora quase não se vê crianças na praia, mas há excepções. Bem perto de mim está um casal de ingleses com 1 bebé, que não tem mais de 2 anos. Quero acreditar que pelo menos lhe colocaram protector solar, já que anda apenas de calções – não tem uma t-shirt, um chapéu, nada!

- Praia da Rocha (17h): Duas crianças (também estrangeiras) regressam ‘desacompanhadas’ da água. Não sou a única a quem a situação chama a atenção, pois observo que várias pessoas acompanham com o olhar estes dois miúdos (que não tem mais de 4 anos). Até que o mais velho acelera o passo deixando para trás o outro. De repente a criança mais nova está sozinha. Alguém ao meu lado teve reflexos mais rápidos do que eu e levanta-se para ir ter com a criança que entretanto tinha desatado a chorar. Andava a senhora com a criança ao colo há uns minutos, tentando acalma-la, quando aparece a mãe, com toda a tranquilidade, vinda da zona das espreguiçadeiras. Mais uma que não esteve para se incomodar em levantar o rabo para ‘vigiar’ os filhos.

Portanto, podemos falar em diferentes culturas, mas para mim negligência é negligência e por isso apetece aqui falar em cultura negligente!!!

P.S. desculpem a extensão do texto, mas estive 2 dias a escreve-lo :)

terça-feira, 17 de julho de 2007

As cromas!

As cromas aproximam-se perigosamente: Olá Dótôra Trintinha!

Vejo que querem estabelecer novo contacto: Precisamos de reunir consigo novamente para discutir os resultados da última reunião, em que, se bem se recorda, discutimos os pendentes do encontro anterior...

Vislumbo os e-mails estúpidos a inundarem-me a caixa: Dra. Trintinha, não entendo a sua mensagem na parte em que diz “Não recebi o ficheiro”.

Consigo imaginar os comentários infelizes sobre a minha indumentária: Essas suas calças são muito giras! Tão informais! Tão jovens! Reveladoras de uma personalidade! Parecem as calças de um electricista.

E as bocas invejosas: Dra. Trintinha, sofre de bicha solitária? Com o que come, é fantástico como é que mantém a linha! Ou é bicha solitária ou então, como diz o povo, é a ruindade!

Ai! Ai! Ai! Isto não vai correr bem!!!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Sobre as eleições do próximo domingo

Não voto em Lisboa. Mas, já que vivo cá, há 3 pontos que quero realçar.

1º: como é que é possível que o Carmona Rodrigues figure em 2º lugar nas intenções de voto? Já fiquei surpreendida com a candidatura: tal como dizia G. da Câmara Pereira (provavelmente na única coisa de jeito que disse em toda a campanha), é preciso ter lata! Mas, acima de tudo, não consigo perceber como é que 16 % dos lisboetas ainda confiam neste homem.

2º: não posso acreditar que, pelo preço de 5 mil assinaturas, um partido xenófobo e racista, que não tem nada de interessante ou útil a dizer sobre Lisboa, tenha conseguido direito de antena nos meios de comunicação social, incluindo no serviço público de televisão. Não deveríamos ser mais exigentes? Ainda não engoli que a justiça não tenha reagido contra o cartaz nojento que estes imbecis colocaram há tempos no centro de Lisboa! E agora ainda temos que admitir que se ceda direito de antena a estes bandalhos?

3º: se eu votasse em Lisboa, votaria no Zé! De todos os candidatos, José Sá Fernandes foi o único que já deu provas de honestidade e defesa do interesse dos cidadãos! Sem dúvida, o Zé faz falta!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

S. Tomé e Príncipe

Hoje comemora-se a independência de S. Tomé e Príncipe. Perguntarão: Mas agora a Trintinha vai postar sempre sobre celebrações da independência? C’um catano! Respondo: Apenas de países do meu interesse! E porquê? Porque me apetece!

Voltando a S. Tomé e Príncipe, é certo que não conheço o suficiente para poder acrescentar valor à informação que podem encontrar na wikipedia. Mas o que conheço leva-me a querer muito ir lá.

O que é que eu conheço, afinal? Na roça com os tachos! O melhor programa de culinária que alguma vez vi na televisão lusófona! Um programa fantástico de divulgação da beleza natural, da simpatia e da gastronomia são tomense. Da alegria contagiante do apresentador, aos pratos coloridos de fazer nascer água na boca, aos sorrisos de quem ia provando a comida, às paisagens magníficas de S. Tomé, todos os pormenores fizeram este país ir subindo na minha lista de prioridades de viagem!!

Depois, uma pequena pesquisa no google, por imagens, reforçou este meu desejo de conhecer as ilhas. Ora espreitem….





Não é lindo, lindo, lindo?
Até amanhã e sejam felizes!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sobre o concerto de ontem...

Magnífico! Fabuloso! Brutal! Músicos excelentes! Com destaque para a energia e a alegria contagiantes, a musicalidade, dos 4 membros que ainda restam do grupo original que animava as noites do Buena Vista Social Club. Uns senhores fofíssimos, amorosos, querídissimos. Todos com nome acabado em ‘ito’. Todos com mais de 70 anos, mas sempre a vibrar, sempre a dançar, sempre a acompanhar os vocalistas. Sim senhor, assim vale a pena viver! Não com a tristeza de maleitas que a idade impõe, mas com a alegria de viver intensamente cada minuto. E de partilhar essa alegria com toda a gente à volta! Fantásticos!

Ainda me sinto a sonhar com Cuba, a traçar planos para uma viagem pós-mestrado…

terça-feira, 10 de julho de 2007

Buena Vista Social Club

Nos anos 40, um grupo de músicos cubanos animava as noites de Havana reunindo-se num clube de actividades musicais e dança: o Buena Vista Social Club. Manuel Puntillita Licea, Compay Segundo, Ruben González, Ibrahim Ferrer, Pio Leyva e Anga Díaz foram os membros iniciais de um grupo que, ao longo dos anos, foi ganhando novos músicos.

A revolução cubana ditou o encerramento do clube e o afastamento destes músicos, alguns dos quais ficaram sem tocar os seus instrumentos durante mais de uma década. Até que nos anos 90, voltaram a reunir-se no âmbito da gravação de um disco e a realização de um documentário, ambos intitulados “Buena Vista Social Club”.

Hoje, Mafra acolhe os sobreviventes deste enigmático grupo, que certamente farão vibrar o Jardim do Cerco com os ritmos quentes da música cubana. E eu estarei lá.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Prenda atrasada...

Uma amiga fez anos em Abril. Não esqueci os parabéns no dia certo, mas não consegui comprar a prenda. E na hora da fatia de bolo, usei mais uma vez o pretexto de ter um pé aqui e outro acolá, mil desculpas porque a prenda ficou na capital. É uma chatice, uma pessoa compra aqui e tem que levar para ali, mas no corre-corre de fazer as malas há sempre alguma coisa que fica pra trás. (Afinal, isto de viver a tempo parcial em dois lugares, a 200 km de distância, sempre tem as suas vantagens!)

Prometi: na próxima semana, tomamos café e entrego a prenda. Comprei o presente: um livro! Entretanto, no fim-de-semana seguinte, e no seguinte, e no seguinte, não houve café porque alguém tinha um compromisso…

Problema: o livro ficou na minha mesa-de-cabeceira. E não é que o malandreco começou a tentar-me! Como no anúncio dos gelados da Olá, não parava de gemer: “Estou aqui triste, só, abandonado! Não queres ler-me? Cheirar-me?”. E eu que não resisto a cheirar livros novos. E eu que não resisto a ler as primeiras 5 páginas de qualquer livro que compre, ainda que depois o recambie para a lista de espera de leituras… Ai! Ai! Ai! Não vou resistir a este livro, coitadinho, tão tristinho, ali há dois meses, sem ninguém lhe pegar…

Retirei o embrulho, comecei a leitura. A amiga ligou: encontro no sábado à noite? É pá, não posso, muito trabalho, mestrado atrasado (isto de estar em desespero com o mestrado também tem vantagens!). Ela continuou a ligar, semana após semana.

Vou estar com ela amanhã! O livro é óptimo e tive tanto cuidado que não deixei marcas na lombada! Ainda escrevi uma dedicatória simpática para justificar ter retirado o embrulho!

Será que devia sentir remorsos???? Espero que ela não leia este post.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

5 di Julho é sinal di liberdadi!

Cabo Verde celebra hoje o 32º aniversário da sua independência e eu não podia deixar de cantar aqui os parabéns!

Começando pela independência, não foi isenta de controvérsias. Esta solução era óbvia para Angola, Guiné-Bissau ou Moçambique, mas não era tão automática para Cabo Verde, onde não tinha havido luta armada. Após o 25 de Abril, Portugal reconheceu o direito à autodeterminação a Cabo Verde. No entanto, o PAIGC foi eleito como único interlocutor para a negociação dos processos de independência da Guiné Bissau e de Cabo Verde. Deste modo, os movimentos adeptos da realização de um referendo, onde o povo caboverdiano pudesse escolher entre a independência ou um estatuto de autonomia ligado a Portugal, não foram ouvidos. Assim, a 5 de Julho de 1975, Cabo Verde tornava-se independente.

Depois de 1975, seguiram-se tempos politica e economicamente conturbados, e não vou aqui deter-me sobre eles. Conta sim, neste aniversário, dar os parabéns a Cabo Verde e aos caboverdianos. Afinal:
- apesar da grande escassez de recursos, Cabo Verde apresenta um desenvolvimento notável, ocupando, actualmente, a 106ª posição do Indice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas. É o 1º PALOP e o 2º país africano com melhor posição neste índice;
- O povo caboverdiano é dos mais acolhedores que conheço;
- A gastronomia caboverdeana é excelente e tem duas grandes qualidades: a quantidade e a sustança! Não há cá pratos com uma folha de alface no meio. Impossível não engordar!
- Cabo Verde tem uma riqueza cultural extraordinária. Da música de Cesária, Tito Paris ou Bao, à escrita divertida, deliciosa, de Germano de Almeida, quanto mais se conhece, mais se quer conhecer;
- E, last but not least, a beleza natural das ilhas de Cabo Verde. Infelizmente, não conheço todas, mas recordo, com muita saudade, a praia do Tarrafal (Santiago), as cores de Santo Antão, as baías de São Vicente e a areia branquíssima do Sal. E claro, impossível mesmo, é esquecer o sentimento de criatura insignificante junto ao colossal vulcão do Fogo (foto). É tão bonito!:)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Desabafo de mestranda!

Depois de 8 árduos meses a trabalhar na tese de mestrado, a minha orientadora disse-me hoje que o projecto de investigação está bom. Agora é aproveitar os 4 meses que me restam até ao prazo de entrega e:
1. Rever o resto da bibliografia básica;
2. Elaborar os questionários;
3. Aplicar os inquéritos;
4. Analisar a parte empírica;
5. Escrever a tese.
Tendo em conta que eu trabalho, posso definitivamente dizer adeus às férias e ao que ainda sobrava da minha vida social. Espero, pelo menos, continuar a comer apenas um chocolate de 2 em 2 dias. Se aumentar esta dose, posso não conseguir o título de Mestre, mas certamente ganharei o de "Raínha da Celulite".

segunda-feira, 2 de julho de 2007

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dilemas na estrada


Já me aconteceram algumas peripécias na estrada … mas nenhuma que me fizesse rir tanto como esta que vou relatar. É claro que a experiência só foi divertida porque tinha todo o tempo do mundo e não tinha horas marcadas para nenhum compromisso. Caso contrário … a minha reacção seria bastante diferente.
Como é que vocês reagiriam se no meio duma estrada com trânsito constante perante um semáforo VERDE o carro da frente abrandasse e parasse, imobilizando-se perante tal luminosidade?!?!?! Uma buzinadela (pequenita …) não o demoveu … e apenas a cor VERMELHA motivou o senhor a arrancar, deixando-me num dilema: sigo-o ou respeito o sinal luminoso?!?

Toda esta situação, para além de uma gargalhada, suscitou-me uma dúvida. Onde está escrito que temos que parar perante o sinal vermelho? Andei à procura da resposta no Código da Estrada, e não encontrei!!! Se eu não encontrei … o senhor também não deve ter encontrado! E por isso achou que faria muito mais sentido avançar com a cor vermelha do que com a cor verde. E porque não???? Quem sou eu para o contrariar?

terça-feira, 26 de junho de 2007

Conversas desalinhadas

M. – Tenho um cãozinho novo. Chama-se Sete Sóis em honra da personagem principal do romance do José Saramago.
R. – Sete Sóis????????? Que horror!! Devia dar-lhe um nome mais macho, do tipo Savimbi, Nero ou Tarzan! Eu já tive um cão e chamava-se Gouffie.

………………………

A. – Ai colega, não sei como é que consegues estar casada com um homem que trabalha na recolha do lixo! Deitares-te com alguém que passa o dia todo a mexer em imundice!
M. – Não me incomoda. O que é que faz o teu marido?
A. – É coveiro!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

No banco de trás de um táxi...

É tarde. Saio depressa do autocarro depois de uma viagem de mais de 2 horas. Tenho sono. Apresso-me para o táxi na esperança de estar em casa depressa. Entro no carro. Balbucio a morada de destino. Partimos.

Primeiro semáfro. Paramos lado a lado com outro táxi, uma viatura mais recente do que aquela que me transporta. O motorista do meu táxi, um senhor cinquentão de bigode simpático, alinha-se com o outro carro, como numa corrida. Acena ao outro motorista. Cai o sinal verde. Os carros aceleram, o meu táxi ultrapassa velozmente o outro no arranque. O outro entretanto vira. Nós voltamos à velocidade normal.

O taxista interrompe o silêncio. De olhos brilhantes de satisfação, explica-me “Este carro era um carro familiar! Tem 10 anos! Mas compete com qualquer um da praça! Uma semana depois de entrar ao serviço, teve uma avaria, mas depois nunca mais parou. E essa avaria foi uma coisa muito simples: partiu-se o apoio do motor. A menina sabe o que é o apoio do motor? É uma peça simples e fácil de se trocar. A menina mete o macaco no carro, levanta, mete-se debaixo do carro, localiza o apoio, pega, roda, roda, roda, ROOOODAAAAAAAA… depois retira-o, mete o novo. Não tem nada que saber! Até uma criança faz isso! Percebeu menina?

Tento, mas não consigo responder. Rio à gargalhada sem qualquer controle. O senhor ri também! Diz-me “É bom encontrar pessoas bem dispostas”. Também acho! Especialmente, é bom encontrar um taxista que não tenta extorquir-me o dinheiro da bagagem e ainda me dá formação sobre mecânica!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Linha de letras: Mia Couto

Mia Couto está em Portugal e esteve ontem à conversa com a jornalista Judite de Sousa, na RTP1. Para grande pena minha, consegui apenas apanhar o final da conversa.

Sou fã da sua escrita, da sua capacidade de inventar palavras e de nos transportar para o misticismo africano, de grande ligação à natureza como força sobrenatural.

Mia Couto nasceu em Moçambique, adoptando o nome Mia porque o seu irmão mais novo não conseguia pronunciar Emílio e também devido à sua grande paixão por gatos (desde pequeno dizia a sua família que queria ser um deles). É autor de diversas obras, da poesia aos contos, do romance às crónicas. Pessoalmente, recomendo o “O Fio das Missangas” e “O último voo do Flamingo”, deixando-vos um cheirinho deste último:

Havia um lugar onde o tempo não tinha inventado a noite. Era sempre dia. Até que, certa vez, o flamingo disse:– Hoje farei meu último voo!
As aves, desavisadas, murcharam. Tristes, contudo, não choraram. Tristeza de pássaro não inventou lágrima. Dizem: lágrima dos pássaros se guarda lá onde fica a chuva que nunca cai
.”
(Mia Couto, O último voo do flamingo)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Chegou o Verão ... ou não!!!



O Verão - a estação mais quente do ano - chegou hoje às 13:26. Não parece, mas chegou!!!

Dizem os mais entendidos, leia-se os meteorologistas, que vai ser o Verão mais quente dos últimos anos, ou mesmo décadas - a estender-se até Outubro. Eu, contudo, espero que, mais uma vez, a ciência da meteorologia falhe nas suas previsões. Correndo o risco de ser corrida com comentários menos simpáticos, tenho que reconhecer que estou a rezar afincadamente a todos os santos e santinhos (e não só a São Pedro) para que este Verão seja fresquinho, fresquinho, fresquinho!!!! Calor … só na 1ª semana de Julho. Depois disso … pronto, vá lá … assim umas temperaturas medianas ao fim-de-semana.

Quem me conhecer … perceberá a razão e talvez me consiga desculpar!!!

A 1ª Vez

Da próxima vez que me perguntarem "Como foi a tua 1ª vez?" ... terei que pensar na 1ª vez que comi num chinês, que cortei o cabelo à rapaz, que andei de avião, que calcei uns sapatos de salto alto, que fui a uma discoteca, que dei um “beijo de língua”, que participei numa manifestação, que mergulhei no Mediterrâneo, que enviei e recebi um email, que andei de camelo, que fui a um concerto dos Xutos e Pontapés, que vi a neve, que ramblei, que votei, que praxei e fui praxada, que “enchi a cara”, que vi o sol nascer, que postei no nosso blog!!!!

Estreia hoje!!!


terça-feira, 19 de junho de 2007

Exame nacional de matemática

O público de hoje dedicou uma página inteira ao exame nacional de matemática, ainda antes de se realizar. E porquê? Porque, este ano, o exame tem mais 30 minutos do que nos anos anteriores e vai decorrer das 11.30 às 14 horas.

Que o horário pudesse ser melhor escolhido, não colidindo com a hora de almoço, até posso concordar. Mas que o Público dedique uma página inteira ao assunto, para dizer essencialmente que os alunos podem não comer antes do exame, ter uma fraqueza no decurso da prova e obter maus resultados já me parece demais. Mais, sugerir que o Ministério da Educação possa ser responsabilizado pelos maus resultados de alunos que não comeram antes do exame e não conseguiram concentrar-se por causa da fome, parece-me anedótico. Quer dizer, se eu hoje não comer nada e me der um piripaque no trabalho, a culpa é do meu chefe? Tenham paciência!

Já estou mesmo a imaginar as justificações dos pobres alunos que possam tirar más notas: “Ai! UI! Tive uma má nota porque com os nervos não consegui comer nada antes do exame e depois bloqueei” ou então “É pá, eu nunca como de manhã e apesar de hoje ter um exame que durava 3 horas, não quis mudar a rotina. Depois, tive uma fraqueza e saí a meio” ou melhor ainda “Eu sou anoréctico e nunca como nada, mas hoje senti fome durante o exame de matemática e não pude sair. Então fui parar ao hospital e chumbei ao exame”.

A meu ver, se alunos do 12º ano não tomam o pequeno-almoço nem comem nada antes de um exame que dura quase 3 horas, então é porque não conhecem as regras mais básicas da alimentação humana, que é dada logo no ensino primário. Portanto, não vale a pena irem para a universidade! Eu, como contribuinte, temo que os meus impostos sirvam para financiar os estudos superiores deste tipo de pessoas: quem sabe um dia não sou acusada porque um aluno desmaiou numa festa académica com a bebedeira? Afinal se não tivesse entrado numa universidade pública, não frequentaria festas académicas, não teria apanhado bebedeiras nem caído.

Aliás, esta lógica é interessante. No fundo, se me der uma tontura aqui frente ao computador, poderei sempre culpar a comunidade blogosférica. Afinal, por vossa causa, já estou aqui há uns 20 minutos sem comer!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Quando a ciência é divertida...

Após o post inaugural deste blog, fui assaltada por mil ideias para a minha primeira postagem a sério. O Sr. Jacinto Leite Capelo Rego, os spams que inundam a minha caixa de correio electrónico, pessoas à minha volta que andam constantemente de complicómetro ligado…

Reflexão feita, decidi escrever uma espécie de post retroactivo e partilhar convosco uma das experiências mais divertidas e educativas desde que estou em Lisboa.

Há cerca de um ano, visitei o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa. Esta seria uma visita como a qualquer outro museu, não fosse a possibilidade de aqui podermos não apenas olhar, mas também tocar, mexer, experimentar, brincar aos cientistas. O museu inclui colecções e documentação referentes às ciências exactas (Matemática, Física, Química e Astronomia) e associa a exposição de peças históricas a diversas actividades interactivas.

Na sala principal do museu, Arquimedes, Galileu e outros cientistas encarregam-se de nos acolher, acompanhados de curtas apresentações das suas descobertas. Percebe-se logo que a história da ciência é contada, em boa parte, no género masculino. Marie Curie (cientista polaca que, em 1903, recebeu o Prémio Nobel da Física) e a sua discípula portuguesa Branca Edmée Marques também marcam presença no museu, mas noutro espaço. E, entretanto, é fácil esquecê-las porque, virando a esquina, a atenção prende-se numa bola que flutua, movida por uma espécie de secador de cabelo gigante. À volta, vários painéis com botões de diversas cores apelam ao toque como forma de experimentar determinados princípios científicos. Também há um banco rotativo onde me sentei e segurando uma espécie de roda de bicicleta em movimento, pude girar consoante a orientação que ia dando à roda.

Esta parte inicial da exposição é permanente e está dividida em 7 secções temáticas, que combinam a exposição de peças históricas com experiências divertidas. As visitas não são guiadas e, assim, cada pessoa tem a liberdade de conhecer e experimentar, ao seu ritmo, as áreas que mais lhe interessam. Assim, algumas pessoas irão descobrir que aquele aparelho parecido com um secador de cabelo é um compressor e que a bola flutua porque, nos fluidos em movimento, a pressão é tanto menor quanto maior a velocidade (quer dizer, isto foi o que eu percebi da explicação, pode não ser exactamente assim…). Outras poderão descobrir as caretas fantásticas que se podem conseguir num caleidoscópio ou ter ilusões ópticas que nos parecem absolutamente reais (pena não haver nenhuma ilusão óptica com o George Clooney!)

Após as salas de exposição interactiva, segue-se uma secção onde o visitante pode apenas contemplar os objectos expostos. Não foi menos interessante, já que conheci dois cientistas portugueses de quem nunca tinha ouvido falar: Branca Edmée Marques e Manuel Valadares, que foram docentes na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no início do século XX. Branca Edmée Marques criou o primeiro laboratório de Radioquímica em Portugal e Manuel Valadares iniciou a investigação em Física Atómica e Nuclear.

No rés-do-chão do museu localiza-se o Laboratorio Chimico da Escola Polytechnica. Segundo os funcionários do Museu, “é um testemunho raríssimo da história da Química na passagem do século XIX para o XX. Na altura em que foi criado, foi reconhecido como um dos melhores da Europa”.

Localizado no edifício da Escola Politécnica, o Museu de Ciência oferece ainda um Observatório Astronómico, um Planetário, exposições temporárias e cursos livres. À saída, quem quiser pode deixar a sua impressão, e testemunhar, como algumas das crianças que já passaram por lá, que afinal a ciência pode ser “Bué da Fixe”, “Baril” e “Muita intressante”.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O início!

Após muitos meses de gestação, nasce finalmente o “Trintas por uma linha”. A bem da sociedade em geral (e especialmente das pessoas que já não nos podem aturar ao vivo ou no messanger), as suas criadoras, Trintinha e Trintona, consideram que é hora de conquistar a blogosfera!!!

A nossa grande riqueza vocabular e a capacidade de termos sempre algo para dizer fazem de nós concorrentes ferozes dos blogs mais visitados. Portanto, atenção: aqui vai-se escrever praticamente sobre tudo o que nos vier à cabeça.

Resta apenas agradecer às madrinhas Ariel e Moça do Filete que sugeriram o nome, e ao Dr. Sniper, que acompanhou a gestação e fez o demorado parto.